segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

De Alertas e Sincronicidades

Um de meus temas recorrentes é o fenômeno da sincronicidade ou “coincidência significativa” como explicava Jung, profundo estudioso do assunto. Minhas experiências nesse campo têm sido espontâneas e geralmente ligadas à palavra escrita, talvez pelo fato de, desde que me conheço por gente, eu ser tida e havida como “bicho-de-livro”, já que esse é meu alimento preferido.

Pois bem, no último dia 30, enquanto lia o trabalho de Regina Brito sobre a devastação da Mata Atlântica na região de São Sebastião, fui tomada por uma emoção indecifrável, uma emergência de chorar perdas desconhecidas, o que me levou a postar no mesmo dia a crônica Nas tramas da rede.

Somente ontem, ao ler o comentário que Regina postou no blog, me dei conta de que havia sentido uma espécie de “emoção premonitória” ao ler o seu alerta, haja vista que no dia seguinte fomos tod@s tomad@s por uma consternação real ao acompanhar pela mídia as trágicas consequências da ocupação irracional de encostas em algumas cidades da região sudeste, em especial em Angra dos Reis.

Segundo a autora, o livro – publicado há quase dez anos -, já está a merecer “uma re-escritura”. Possam os deuses inspirá-la e possamos tod@s acatar os clamores da Mãe Natureza a tempo de salvar as próximas gerações. Se cada um(a) pudesse (leia-se “quisesse”) fazer persistentemente a sua parte, denunciando e criticando, mas também mudando pequenos hábitos do cotidiano e conscientizando (especialmente pelo exemplo) as crianças e os adolescentes de que é o seu próprio futuro que está em jogo, talvez pudéssemos reverter novas tragédias que se prenunciam.

Quanto às sincronicidades, que alguns subestimam acreditando tão-somente no raciocínio lógico, “estão aí” a nos mostrar caminhos outros do que aqueles pedregosos e escorregadios que trilhamos repetitiva e alienadamente. Como essas coincidências são a-causais e apenas fazem sentido para aquel@ que as vivencia, talvez fosse interessante procurarmos observar em nosso entorno e em nós mesmos, os sinais e alertas que se oferecem dadivosamente a suavizar nossas “quedas e desvios de percurso”.

4 comentários:

Anônimo disse...

gostei do texto , li " o homem e seus símbolos do jung " e gostei bastante


um abraço

diniz

Suzete Carvalho disse...

Olá, poeta, seja bem-vindo uma vez mais.
De fato Jung foi um gênio. Suas teorias sobre o inconsciente coletivo e a sincronicidade, entre outras, demonstram o quanto a vida é complexa e quanto o racicínio lógico é insuficiente para trazer respostas às grandes questões que atormentam o Ser humano.
Volte sempre, pois suas frases sucintas me inspiram (tanto quanto os seus poemas)e fazem contraponto à minha prolixidade (rsrs).
Obrigada.
Abraços.

Sidney Nicéas disse...

Perfeito, Suzete. Essas sincronicidades são reais. E só quem as percebem são aqueles mais atentos aos verdadeiros pormenores que fazem a vida...

Sidney Nicéas (www.de2em2.blogspot.com)

Suzete Carvalho disse...

Olá, Sidney.
Seja bem-vindo. Entrei no seu blog e percebi que alguns de nossos temas (preocupações filosófico-sociais) se tangenciam. Sincronicidades?
Voltarei com mais vagar e postarei comentário(s).
Atenta aos pormenores que fazem a diferença, devo dizer que sua passagem por aqui é um deles.
Apareça sempre.
Abraços.