Em apoio à campanha “16 dias de ativismo na luta pelo
fim da violência contra a Mulher” – de 25/11 a 10/12 -, encampada por 33 países.
“Se à agressão física acrescentarmos as injúrias a que
as mulheres têm sido sistematicamente submetidas por via de piadas que (ainda!)
fazem a ‘delícia’ dos machistas de plantão; os constantes assédios de que são
vítimas em vias públicas, transportes coletivos e ambientes de trabalho; o
salário geralmente inferior ao dos homens no desempenho de funções iguais; a
dupla (ou tripla: emprego, casa e filhos) jornada de trabalho da grande
maioria; os estereótipos de 'fofoqueira', 'consumista', 'irracional', 'frágil'
e tantos outros que lhe são impingidos; a conclusão será de que absolutamente
todas as mulheres, em vários momentos de suas vidas, sofrem alguma espécie de
violência.
(...)
Condicionados pelo sistema e ao sistema, nos deixamos
aprisionar, inermes, pela lógica do preconceito. Entendendo o processo, devemos
estar atentos para o fato de que, ao contrário do que acreditávamos, a opinião
pública e, consequentemente, a nossa, não é construída por nós, mas tem sido
sutilmente moldada por estratégias de poder.”
Excertos
da II Parte de m/livro “O Olhar da Caprichosa – Inveja, Preconceito e Fenômenos
Afins” (no prelo)