sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

LOGO É NATAL

Parece ser da nossa natureza a tendência a ter uma certa “compulsão repetitiva”, como se estivéssemos condenados a repetir eternamente nossas experiências, sejam boas ou dolorosas. Algumas pessoas conseguem se aperceber disso, como a atriz Liv Ulmann que, ao se dar conta de que estava repetindo os mesmos erros, a mesma lição de vida, dizia: “Lá vou eu outra vez”.
As festas de fim de ano se aproximam e lá vamos nós outra vez... prometendo a nós mesmos que no próximo ano tudo será diferente, embora, bem lá no fundo, saibamos que para mudar é necessário criar coragem para sair do comodismo narcísico em que estamos alojados.
Não basta detectar, acreditar, prometer, há que agir construtivamente, sem medo das transformações, pois são elas que nos fazem crescer como seres humanos. Não nascemos prontos e acabados, mas ao contrário, somos arquitetos de nós mesmos, seres livres para (re)construir a nossa vida sempre que necessário. Recomeçar, renascer, esse o grande simbolismo do Natal.
Que as festas de fim de ano, desta vez, não se resumam a um consumismo repetitivamente alienado, mas que nos possam trazer a todos, homens e mulheres, uma maior conscientização sobre seu verdadeiro sentido.
Natal, como um renascimento da virtude da compaixão por nossos irmãos na Terra que, ao compartilhar dores e alegrias, mitiga aquelas, aumenta estas. Ano novo, como uma efetiva possibilidade de recomeçar, de reconstruir e de “crescer junto”, tornando mais digna e mais feliz esta incrível experiência que é viver.
O título “Logo é Natal” é uma homenagem à minha amiga Eugênia, que sempre usa essa expressão ao final de suas correspondências, como mensagem de esperança. Mensagem que estendo a todas as pessoas com quem tenho a felicidade de compartilhar essa jornada.

•Publ. hoje na Coluna da Suzete, do Jornal Gazeta do Ipiranga, pág. A-4.

2 comentários:

Anônimo disse...

Querida, sim... Logo é Natal. E com esperança eu sei: toda criatura é amparada pela Luz Sublime de Jesus. Ao estábulo aceso os sonhos podem ser ofertados. Obrigada por lembrar da minha terrestre esperança de Luz para todos nós, os passantes. Um beijo. Eugênia

Suzete Carvalho disse...

Olá, Eugênia. Estava com saudade de seus comentários. Obrigada. Namastê.