segunda-feira, 16 de abril de 2012

Quem pode pode

Quem está fora
não entra
quem está dentro
não sai
quem se queixa
é abafado
e não escapa
ninguém
quem pode
pode e não deixa
que alguém
ameace o centro
do poder consolidado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Querida, o que você conta em seu poema dói na gente... Poder, "reinados e séquitos". Quando o cenário vai mudar? Por isso, arrisco - saudade do futuro. De um tempo no qual as pessoas desempenharão suas funções e cargos em razão de méritos pessoais, talentos e não cálculos e jogos de interesse. Obrigada! Você é sensível e especial. Beijinhos. Eugenia

Suzete Carvalho disse...

Olá, Eugênia querida. Sua sensibilidade capta, aprofunda e enriquece o que escrevo. Também arrisco uma saudade desse tempo de colheitas. Por enquanto, vamos plantando, humildes jardineiras a tentar florir o futuro. Obrigada sempre.