COLUNA DA SUZETE
Educação
com afeto
Suzete Carvalho*
Talvez pela sensibilidade
exacerbada com que a idade nos brinda, o mês de maio soou a meus olhos e
ouvidos já um tanto cansados, como um mês atípico em minha vida pessoal, pleno
de acontecimentos “fortes” – uns muito bons, outros nem tanto -. Refletindo sobre essas experiências, entendi
oportuno compartilhar com os leitores e leitoras aquela que apreendi como uma
lição a ser, talvez, replicada.
Antes de passar ao fato em si,
cabe lembrar que a Memória é fator imprescindível para que se possa preservar o
conhecimento adquirido pelo ser humano.
Nossos antepassados sabiam disso e, antes mesmo que a escrita fosse
inventada, faziam a sua parte narrando suas experiências de vida às novas
gerações. Com a vida moderna, as famílias foram perdendo o hábito da “contação
de histórias” o que, de alguma forma, fez com que as crianças perdessem um
pouco suas raízes.
Por esses motivos, achei muito
interessante o projeto de preservação da memória familiar concebido por uma
Escola de Educação Infantil, para o qual, na condição de avó, fui uma das
convidadas para contar uma história pessoal, respaldada por fotos de família,
para meninos e meninas entre 4 e 6 anos. A participação das crianças, sua
curiosidade e entusiasmo, e o apoio discreto e amoroso da jovem professora
Juliana, demonstraram que pode (e deve), sim, haver diálogo entre as gerações.
O projeto transcende o resgate
das histórias familiares, incentivando também o amor pela leitura e pela
escrita, ao propor a recontação coletiva dessas histórias pelas próprias crianças,
com vistas à edição de um livro artesanal a ser lançado e autografado pelos
escritores e escritoras-mirins, com a presença de familiares e convidados, em
evento de encerramento das atividades do semestre. Fica a dica.
Enfim, acredito importante registrar
aqui ainda, uma sincronicidade ou, se preferirem, uma “coincidência
significativa”. Estava terminando de escrever esta crônica quando recebi uma
inspiração extra pelas Redes Sociais, via Cláudio Salles: “Educação é tudo.
Educação sem afeto é quase nada.” Minha
conselheira Dª Nena, sempre pronta a deixar sua marca, complementa: “Sim, é
isso! Educação com afeto, por uma Cultura de Paz”.
*A autora escreve neste espaço
toda segunda sexta-feira do mês. Alguns de seus demais escritos podem ser
acessados e comentados no facebook, no tuiter e no blog www.novaeleusis.blogspot.com
**A ilustração é de Danilo
Marques, cujos trabalhos estão disponíveis na Pág. ILUSTRADOR DANILO MARQUES,
do facebook e no site www.danilomarques.com.br
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