segunda-feira, 13 de julho de 2009

Tarde

Tarde dolorosa
sofrida dolorida
qual ferida
aberta.

Coração insatisfeito
oprimindo o peito
num espasmo

que aperta.

Mãos encarquilhadas
nodosas e cansadas
postas em prece

alerta.

Só a mente destoava desperta
daquele corpo que seguia

a tarde que morria
deserta.




4 comentários:

Anônimo disse...

Oi Suzete
Não estou sumida, mas nem sempre atenta com os amigos como gostaria. Achei bacana sua colocação de como os poetas enxergam o mundo e as coisas do mundo. Acho que todos nós devemos ver a vida pela poesia..deixar o peso e a opressão de lado...ah..eu queria ser assim..tento com as minhas palavras convencer meu cérebro (rsrsrs)...enfim...para vc flutuar é fácil e vc sabe bem!! Bjos! Saudades! Namastê
Maristela Ajalla

Suzete Carvalho disse...

Olá, Maristela
Que bom que você não está sumida.
A propósito, vou estar "fora do ar" por uns dias, mas pra semana espero estar de volta "com tudo".
Quanto a deixar o peso e a opressão de lado,de fato, quando "poetizo" lavo a alma, como quando "entro" em meditação. Mas são apenas momentos em que a consciência se expande e a gente flutua, sim, mas o resto do tempo tem-se que lutar muito pra não se deixar levar pelos torvelinhos do cotidiano.
Apareça sempre, pois sinto falta de suas "provocações" inteligentes e acho que os leitores também.
Beijão. Namastê.

Unknown disse...

Oi Querida Susi, tudo bem?
Você sabe como adoro as suas poesias..... adorei esta, profunda, meio triste, verdadeira, daqueles momentos...... que todo mundo tem.
Beijo no seu coração!!!!
Cris

Suzete Carvalho disse...

Oi, Cris, quanta saudade.
Pois é, querida, quando aqueles momentos...que todo mundo tem, tentam "me pegar", procuro fugir pela tangente que conheço: a poesia. Vez por outra, o que escrevo consegue expressar realmente o que sinto, mas, no mais das vezes, o resultado é nada mais que um desabafo, uma saída de emergência. Você, artista inspirada que é, já passou por essa experiência? A propósito, também adoro seu trabalho.
Namastê.
Suzete