terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nas tramas do tempo

“Parece que foi ontem” é uma afirmação das mais constantes em nossas conversações. Aliás, é consenso geral que o tempo está passando cada vez mais rápido e muito se tem especulado a respeito do tema, seja sob um prisma filosófico-existencial (que o digam @s idos@s), seja sob as “antagônicas”(?) explicações místicas e científicas.

Á guisa de lembrete, acredito oportuno dizer que o uso mais ou menos frequente de aspas, interrogações e parêntesis quando escrevinho, nada mais é do que uma (forma de) provocação intencional a uma reflexão mais profunda, que lanço a mim mesma e, consequentemente, aos leitores e leitoras afeit@s ao pensar. Aliás, parece-me, é principalmente nessas insinuações “entrelinhas” ou subliminares – que se apresentam inclusive nas imagens, cores e situações vividas ou vislumbradas na arte -, que se nutrem nossas potencialidades criativas, numa “tradução/reconstrução cerebral” como diria o filósofo da complexidade Edgar Morin.

A propósito, aceitando o desafio que a divagação propôs e por ser um tema que me atormenta (ou deleita?) nas lucubrações filosóficas a que me entrego desde sempre, retorno à questão do tempo (embora não fosse esse o objetivo inicial desta postagem), apenas para lembrar ainda que a grande “sacada” sobre a verdadeira natureza do tempo cabe a Einstein, cujas pesquisas sobre a relatividade levaram à conclusão de que o tempo/espaço nada mais é do que uma dimensão que se deforma (encurva) ante a presença de corpos (massa) e/ou energia.

Neste momento em que me empolgo a divagar sobre um assunto sobre o qual minhas pesquisas são acanhadas e, portanto, quando corro o risco de me perder em minha “leiguice”, sou salva (como sempre) por minha conselheira Dª Nena: - “Afinal, sua proposta ao começar a “maltraçar” essas linhas, não era apenas pedir desculpas aos leitores e leitoras pela demora em voltar ao blog? Cai na real, mulher”.

De fato, minha única e humilde pretensão ao iniciar esta matéria era – e ainda é – informar aos(às) leitor@s que, apesar das várias interrupções temporais das postagens, o blog continua sendo a menina dos meus olhos e cada visita é recebida com o mais profundo respeito, haja vista que jamais deixei de responder aos comentários. Assim, os afastamentos eventuais (ou, se preferirem, a falta de periodicidade nas postagens) se deveram ao fato de que nos últimos meses os acontecimentos literalmente se (ou me) atropelaram, a ponto de fazer com que eu perdesse a noção do tempo.

Mais objetivamente: há nove meses, enquanto gestava co-participações em livros que recém vieram à luz, vi-me envolvida com inúmeros eventos culturais decorrentes de uma função que aceitei a pedido de amigos e à qual me atirei de corpo e alma (como aliás, é de minha índole, em tudo que faço). Eis senão quando, missão “mais alta se alevanta” e cuidados familiares e pessoais, necessários e urgentes, me forçaram a percorrer a dimensão do tempo por caminhos outros.

Mea culpa consignada, espero me redimir aos olhos d@s interlocutor@s e amig@s, oferecendo o melhor de mim nestes escritos e nos debates/palestras e Mostras cujos convites me acenam como corolário de um parto cultural feliz.

Namastê.

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