segunda-feira, 16 de março de 2009

Invasão de privacidade

Há algum tempo, um vírus entrou no meu computador – nem imagino como – e encaminhou um e.mail vulgar a todas as pessoas e instituições que faziam parte de minha agenda pessoal, inclusive algumas autoridades com as quais, em algum momento, mantive relações de trabalho.
Não bastassem os vírus, bactérias e que tais, que fazem parte da natureza e invadem nossos corpos quando de alguma forma baixamos a guarda, o ser humano usa sua inteligência para criar outros tantos para invadir nossos relacionamentos, nossa intimidade e de certa forma nossa alma.
Fico pensando sobre o que leva pessoas com uma capacidade técnica tão superior às demais a se comportar de forma tão sem sentido, eles próprios invasores da vida alheia e, portanto, pouco mais (ou menos) que amebas, quando poderiam se dedicar a alguma atividade para melhorar as já tão conturbadas relações humanas.
Se essas mentes privilegiadas ocupassem parte de seu tempo a auxiliar crianças e jovens carentes a entender a importância da informática para a construção de um mundo melhor, colocando suas inteligências a favor da educação e da cultura, talvez descobrissem o inefável prazer da missão cumprida que se revela num simples olhar repleto de gratidão.
Quantos de nós, simples mortais, provavelmente com um Q.I. muito inferior ao desses inconsequentes “cibercriminosos”, se entregam humildemente à difícil tarefa de construir relações mais dignas carregando na bagagem apenas uma pitada de amor. É essa troca de experiências e conhecimento, compaixão e doação que dá algum sentido à complexa condição humana.
Fica a sugestão.

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